A doença celíaca é uma doença sistêmica, imunologicamente mediada induzida pelo glúten que ocorre em indivíduos geneticamente predispostos.
É caracterizada por uma enteropatia mediada pelos linfócitos T helper tipo 1 que promovem uma cascata inflamatória com o contato com o glúten presente no trigo, centeio, cevada e malte, subproduto da cevada. O resultado dessa cascata é a lesão da mucosa intestinal, caracterizada pela atrofia vilositária, hiperplasia de cripta e infiltrado de linfócitos intraepiteliais.
A doença celíaca possui amplo espectro de manifestações clínicas e a idade preferencial de seu início é a infância. A manifestação clássica é com sintomas gastrointestinais como diarreia,perda de peso, distensão abdominal, vômito ou constipação. Pode se apresentar ainda com manifestações extra intestinais como anemia refrataria ao ferro oral, redução da densidade mineral óssea, entre outras.
O diagnóstico é baseado na combinação de achados clínicos, sorológicos e histológicos.
O padrão ouro é a alteração na biópsia de intestino delgado associada ao anticorpo positivo (antiendomisio, antitransglutaminase ou anti gliadina deaminada).
O tratamento consiste na retirada permanente do glúten da dieta, que deve ser realizado apenas após confirmação diagnóstica com as biópsias.
A realização da dieta traz grande desafio no dia a dia dos nossos pacientes!
Para saber mais sobre o assunto, confira o DOCUMENTO CIENTÍFICO publicado em fevereiro/2022 na área restrita aos associados elaborado pelas gastropediatras Dra. Luciana dos Santos Célia Fossari e Dra. Camila Marques de Valois Lanzarin, presidente e membro do DC de Gastroenterologia da SCP respectivamente.