No dia 12 de junho é celebrado o Dia Nacional de Conscientização das Cardiopatias Congênitas.
Uma em cada 100 crianças que nascem no mundo apresenta cardiopatia congênita (CC). No Brasil, nascem cerca de 29.000 crianças com CC a cada ano. Por dificuldades de acesso à assistência de qualidade ou ausência de diagnóstico em tempo hábil, é a segunda causa de morte no primeiro ano de vida.
Cerca de 80% das crianças com CC necessita de cirurgia cardíaca, sendo que metade destas precisam realizar este procedimento ainda no primeiro ano de vida. A evolução da cardiologia pediátrica determinou que, se operadas, praticamente todas as crianças têm ótimas chances de sobrevida, desenvolvendo-se com excelente qualidade de vida na grande maioria dos casos.
Um dos fatores mais importantes para o sucesso do manejo das cardiopatias congênitas é o diagnóstico precoce, especialmente nas apresentações mais graves. Mesmo nos casos mais leves e com pouca repercussão, há a necessidade de diagnóstico e acompanhamento adequados para que a doença não evolua com complicações ou comprometa o crescimento e o desenvolvimento destas crianças.
Assim, conhecer os sinais da doença em cada idade é importante e pode salvar muitas vidas.
Saiba quando suspeitar de cardiopatia congênita:
Pré-natal
– Mãe com cardiopatia congênita, idosa, infecções congênitas, medicações ou drogas teratogênicas e lúpus.
– Feto com presença de outras malformações.
– Tranlucência nucal > 3,5mm
– Hidropsia
– Cromossomopatias
– Gemelaridade
– Retardo do crescimento intrauterino
– Arritmias
Recém-nascidos
– Ausculta de sopro
– Desconforto respiratório
– Cianose
– Baixo débito
– Ausência de pulso em membros inferiores
Lactente
– Sinais de insuficiência cardíaca (taquicardia, taquipneia, cardiomegalia e hepatomegalia)
– Cianose central (boca, nariz e/ou orelhas)
– Sopros de caráter patológico (rudes, intensos, que não variam com posição, diastólicos, com alterações de bulhas, presença de sons acessórios ou sintomas associados)
– Dificuldade de ganho de peso
Pré-escolar e Escolar
– Todos os sinais do lactente
– Deformidades torácicas
– Sintomas ou infecções pulmonares de repetição
– Alterações de unhas nos cianóticos
Fonte: Texto elaborado pela Dra. Isabela de Carlos Back, Presidente do Departamento de Cardiologia da Sociedade Catarinense de Pediatria.