Hipertensão Arterial na Infância e Adolescência
Manual de Orientação
Departamento Científico de Nefrologia
O interesse no estudo da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) nas crianças e adolescentes é antigo, porém, ainda hoje, o diagnóstico tem sido feito de forma tardia por causa da falta de inclusão da medida da pressão arterial como rotina no exame físico da criança. A primeira diretriz de avaliação da Hipertensão Pediátrica data de 19771. Em 19872 e em 19963 houve atualizações, no entanto, foi a partir de 2004 que surgiu maior interesse no estudo da área, após a divulgação da quarta diretriz. Desde então, essa foi a principal referência de interesse mundial, apesar de duas Diretrizes europeias lançadas em 2009 e 2016. No ano de 2017, houve a atualização da quarta diretriz, baseando- -se principalmente nos trabalhos focados na HAS pediátrica publicados desde 2004.
As Diretrizes Brasileiras de Hipertensão davam pouca importância à HAS pediátrica. Somente na sétima e última diretriz é que houve um Capítulo dedicado exclusivamente à faixa etária pediátrica, tendo sido feita completa explanação sobre o tema, bem como no Capítulo de Hipertensão Arterial publicado na quarta edição do Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria.9 A HAS é problema de saúde pública mundial e não é diferente no nosso país. Sabe-se haver aumento da prevalência mundial também de casos pediátricos principalmente associado ao aumento de sobrepeso e obesidade nessa faixa etária. Infelizmente não há dados nacionais disponíveis que reflitam essa realidade. Este documento visa familiarizar o Pediatra com as Diretrizes sobre Hipertensão Arterial, sensibilizando-o para a medida da pressão arterial na criança de forma rotineira, evitando, principalmente, consequências tardias que podem ser preveníveis quando esta medida é feita de modo sistemático. As principais modificações entre as Diretrizes americanas de 2004 e de 2017 foram: Mudança na nomenclatura e na Classificação da Pressão Arterial e seu estadiamento na Infância e Adolescência; Mudança nas tabelas de pressão arterial; Investigação das causas de Hipertensão arterial; Tratamento medicamentoso inicial; Níveis alvo de pressão arterial pós tratamento e Avaliação de órgãos alvo e seguimento ambulatorial do hipertenso.
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