CAMPANHA PELO NASCIMENTO SEGURO
O modelo de assistência hospitalar ao parto, dominante na segunda metade do século 20, acontecia longe da família, não respeitava escolhas, utilizava procedimentos hoje sabidamente desnecessários e potencialmente danosos para a mãe e para o recém-nascido. Isso resultou em um movimento de grupos de profissionais da área da saúde, da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde do Brasil com o objetivo de resgatar a assistência humanizada ao parto, o que levou, com o passar dos anos, a uma reformulação do modelo de assistência ao binômio mãe-filho.
Essas iniciativas resultaram em um amplo processo de humanização dos serviços hospitalares, no âmbito público e privado, respeitando o processo fisiológico do parto, com uma assistência menos intervencionista, com a inclusão da família e voltada à qualidade da interação entre parturiente e equipe de saúde.
Hoje os hospitais colocam à disposição da população um atendimento humanizado associado à segurança, que é garantida pela presença de equipe capacitada, acesso à tecnologia e possibilidade de resolução imediata das situações de emergências.
Logo após o parto, o bebê é colocado em contato pele a pele com a mãe, o que é importante para que ele se mantenha aquecido e para fortalecer o vínculo mãe-bebê. O pai, ou o acompanhante escolhido pela mãe, participa intensamente deste momento. Intervenções desnecessárias, que interfiram nessa interação nas primeiras horas de vida, não são mais realizadas.
O cordão umbilical é clampeado somente 1 a 3 minutos após o nascimento. Essa prática reduz a chance de anemia com 3 a 6 meses de vida.
A amamentação na primeira hora após o parto assegura que o bebê receba o colostro, rico em fatores protetores, favorece o início precoce da amamentação e aumenta a chance do aleitamento materno exclusivo ser bem sucedido nos primeiros meses de vida.
O parto natural facilita em muito a execução do atendimento humanizado, mas mesmo na cesariana é possível adotar essas medidas, embora com alguma limitação.
Assim que esteja terminado o parto, o bebê saudável é levado, juntamente com sua mãe, para o alojamento conjunto, onde permanece até a alta da maternidade.
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